O objeto é abjeto.
Ir a Marte não é amar-te.
A métrica é assética.
A congruência faz lembrar o congro.
A tirania é uma espécie de tia.
A tirana é a que tudo tira.
O artificial não é (nada) especial.
O algoz é um capataz.
A pureza é uma indelicadeza.
O bocejo é matéria do desejo.
A aliteração soa a aletria.
O robe não é um nome inglês.
O contumaz deixou de ser capaz.
O périplo é como o pirilampo.
O estilhaço não precisa de vidro.
A bala precisa de demência.
A igreja não tem nada que se veja.
O estupor também é doutor.
A toalha não coalha.
Cada guerra é um lugar sem terra.
O amante é um armante.
A clepsidra é uma sidra cleptomaníaca.
O entulho é parente do esbulho.
A maresia amacia.
O vaidoso vai doloso.
O vate deve variar o verso.
A escumalha não sabe da escumadeira.
A aia só diz ai-a, ai-a (sem se saber quem é “a”).
A sílaba é sibilina.
A cordilheira não tem arnês.
A chuva dispensou o chapéu.
O sono é mais logo.
O gato perdeu o sapato.
O petiz é tão feliz.
Já o velho cavou o cenho.
O rouxinol só canta por conta do sol.
A sereia é um cabo de sarilhos.
O trovador encontra a dor.
A erudita gostava de ser da comandita.
O estouvado diz estou vago.
A atriz mete o dedo no nariz.
Há costa de quem não se gosta.
E luditas que emigraram para o Luxemburgo.
Sinais de fumo, sinais de fumo.
E o candeeiro gasto, sem mecha.
Fronteiras viradas do avesso.
Passaportes que passam os portos.
E didascálias, para os utopistas.
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