Havia um aliás que bombardeava os coliseus
na esperança inveterada de calar os bons.
Não lhe disseram para estar calado
e ele falou até ao próximo eclipse solar
saltando sobre todos os luares
orando as preces que amaldiçoavam
as gerações vindouras.
Talvez porque prometeu
ainda na sua tenra adolescência
que queria ser sacripanta em adulto.
Não sobraram cinzas ao varrer as costuras:
todo o vinho derramado
em páginas retesadas de calendários usados
não serviu para embriaguezes alheias.
O sono apetecia
como ao cão apetece ladrar
e ele
tão sempre de atalaia
vociferava por dentro a ira instalada
antes que a voz magoasse a cidade
e fosse intimado a comparecer
perante os altares enjeitados.
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