O crepúsculo
amadurece por dentro
da pele.
O olhar
tingido pela madurez
sem adiamento.
A carne
não desarma
das intendências.
A claridade
arrasta as intempéries
sujeitas a outras latitudes.
Digo
que as feridas abertas
dispensam suturas.
Digo
que as cicatrizes vindouras
são o espelho de um estado contínuo.
Aprendi
a prescindir da severidade
em nome de um nome vindicado.
A centelha
continua desfolhada
a par do hino madrigal.
Trago
a manhã arrumada
no dorso.
Não finjo
estados estultos
fantasmas perfunctórios.
Tirei ao medo
um paradeiro e um património
e fiquei a par da liberdade.
Arrumei
as luvas do desencanto
jurei desenganar a angústia.
Apalavrei
este desprendimento
nas cicatrizes tatuadas.
Espero
com juros imodestos
a paga em volta.
Ou então
com o selo da modéstia
apenas o saber da vida perlongada.
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