Devo um poema
a não sei que credor
é destas dívidas obituárias
em que verto amianto
antes que sejam perenes
e nem o aforro alheio
seja refrigério.
Mal que seja maior
o de depositar um poema líquido
os débitos não choram futuros
e os espelhos cobram honorários
pela honra amesquinhada.
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