O
perfume adulterado das roseiras
insinua-se
nos poros abertos pelo suor.
Não
fossem os espinhos carnudos
e
as rosas seriam testemunho de uma divindade,
talvez
(talvez:
a divindade).
Corro
com as pernas exauridas
à
altura da cratera do vulcão.
Na
cumeada,
mesmo
onde o precipício faz limite,
não
há roseiras
e
o odor está cingido à fedentina do enxofre
que
vem das entranhas do vulcão.
À
falta de flores
contento-me
com o lugar altaneiro
feito
promontório de mim
e
perfume do meu suor.
Oxalá
houvesse mais manhãs destas:
os
aromas ferrugentos
a
cristalizarem as lágrimas,
as de antanho e as prometidas.
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