O
homem pega num archote
e
cospe chamas à noite imorredoira.
Percorre
uma miríade de lugares,
subterrâneos
lúgubres da cidade
e
praias exóticas onde um céu encontra cais.
O
homem vê baleias azuis
pássaros
com três asas
um
livro de poemas de cinco palavras
nuvens
baças que tutelam as cores.
No
apogeu
tira
o revólver do coldre
fita-o
demoradamente
e,
num esgar de raiva,
deita-o
ao rio lamacento e torrencial.
Tece
uma tapeçaria abrasonada
à
falta de pergaminhos a preceito;
transfigurado,
mete-se em dedais
e
agiliza o tapete encomendado.
À
pálida luz
jura
ter sido socorrido
por
uma aurora boreal.
De
nada serviu dizerem
que
o seu lugar era um equador imutável.
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