Salvamos
o que restava do dia.
Metemos
as pás aos ombros
extorquimos
todo o sal das paredes.
O
mapa sem diâmetro
era
um assoreado enigma.
A
soleira da porta do templo
albergava
a rosa-dos-ventos
suplente.
Tirámos
as medidas
ao
suor do rosto
à
pele quente que congraçava o sol agoirento
ao
túnel ausente de luz.
Não
virámos costas à epopeia
exigível.
Acabámos
a salvar o resto do dia.
Metemos
as mãos nos rostos
veio
fuligem esfarelada nos dedos.
Não
foi em vão:
o
mapa tomara cores de empréstimo
e
o templo deixara de estar em falta.
Fomos
domadores dos monstros medonhos
adestrados
debaixo dos braços cansados.
Salvámos
o resto dos dias.
Alardeávamos
pundonor
um
módico de audácia;
uma
tresloucada coragem
debaixo
das unhas.
Não
sabíamos ao certo o préstimo
de
tudo isto.
Só
sabíamos:
salvámos
o resto dos dias.
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