Largas
as avenidas no meu olhar
destravam
beijos escondidos.
Dantes
(quando
interessavam os mapas
e
a esquadria romba ocupava lugar)
não
tinha noção das bainhas da alma.
Não
é que hoje tenha;
ao
menos,
noto
as bissetrizes dos brancos cartazes
que
desenganam delusões.
Ao
menos,
interiorizei
as limitações sem remédio.
Compenso
com o vinho antigo
e
os paladares que escoiceiam.
Não
me chegam os vapores do vinho
nem
o cais seguro que se oferece às palavras;
mas
ao
menos
já
sei não cair nas astúcias
nas
auroras boreais que são espelhos vazios
nos
lagos sem água onde nadam peixes furtivos
no
lugar do deslumbramento que se me acena.
Sei
que a escada alta e sem retrocesso
vive
paredes-meias com o precipício.
Hoje
coabitando
com a terra rija
trago
a mim a pele dura que ladeia os embargos.
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