Um caos sabido
entre cortinas
de fumo
densas cortinas
de fumo
e as mãos
tateando as paredes
por falta de
serventia do olhar.
Tem-se medo
um medo
determinante
quase angustiante
quando o corpo
se move
sem mapeamento,
às cegas.
Uma voz enigma
sussurra:
há de ser revinda a luz
e deixarás de ter medo
mesmo que as trevas que são tuas
não tenham o selo do temor.
Desconfia do
predicamento
em julgando amaldiçoada
a voz oculta
sem rosto para
oferecer.
As mãos
transidas
seguem coladas
aos poros da parede
dedilhados um a
um.
A precaução
nunca foi
julgada
excessiva.
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