Contam-se
as rosas
no regaço
cansado
aberto à
luz.
A noite não
leva o medo
pois o
medo já se esvaziou
por dentro
da noite.
Dizem que
das rosas
se verte perfume;
mas as
rosas estão murchas
– será que
insistem na proclamação?
As pessoas
metem as mãos nas rosas
como se
houvesse
uma janela
quimérica a desemparedá-las.
Evocam uma
esperança
– por assim
dizer –
na maré
gasta
onde as
coisas se consomem
e vêm
devolvidas em rosto lavado,
renovadas;
em intensa
prestidigitação.
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