O
arpão
sem
estribeiras
consome
a sede,
vaga-lume
gasto.
Noto
o bruxuleio
do rouxinol
e a
traineira solitária
em
fuga.
Não
adianta
o
protesto trovejante
a
arrumação metódica
o
beijo esboçado.
As
nuvens
escondem
revólveres
estribilhos
desnatados
líricas
vozes demenciais.
Tudo
parece um jogo
simulação
contida
por
dentro da simulação
verticais,
paralelos labirintos.
Nada
parece em jogo
capitulação
reverencial
medo
sacramental
em ausência
perene.
Alguém
lamenta:
“oxalá
tudo fosse geométrico”
e
eu protesto
contra
a desambição miúda
a
estrepitosa mesquinhez
o
embaraço sobre o rosto
a
maquinação não notada
a
virulenta opacidade
a
passiva deriva
oculta
recusa da emancipação.
Não
há remédio:
não
querem
nem
em módica dosagem
a
indisciplinada emancipação.
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