Aritmética à
lapela
no esconderijo lacustre
sem estética a perfilar.
Migalhas espalhadas
no chão vetusto
o cão desossado uiva
no arabesco noturno
e as viúvas
entretecem o coro lânguido
como de costume
sem céu vidente
nem na alvorada.
As lápides em
seu musgo taciturno
dormem sempre.
A aritmética
desmata-se
nos contrafortes
do despojamento.
Talvez não sobre
nada.
A não ser
viúvas esfíngicas
vertendo sobre
as mãos gastas
os prantos da mágoa
abraçada.
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