Conversa pé
de orelha
junto ao
palheiro
por cima
da árvore matricial:
as mãos
juntas
por dentro
da terra
procuram
pontos cardeais
soalheiras
searas para sentir o vento
embebendo
o rosto no sal quântico
assim arquejado.
Acreditamos:
os nós
teimosos
não combinam
com a detenção da vontade
e a
capitulação não terá alvorada;
acreditamos:
no perfume
de um cometa alado
em demorada
jornada
que não
conhece finitude.
Aquecemo-nos
junto à lareira
e no
crepitar do fogo
sentimos a
combustão singular
a deitar-se
na maçã do rosto.
Ruborizamos:
não é de pudicícia
pela nudez dos corpos
nem pela
loucura desaconselhável
(aos
demais).
Vamos às raízes
de tudo
e na equação
formalizada
por entre
a elegância do pensamento
e o
urgente desejo
damos passo
ao sol tardio em passos lentos
deitando a
jogo
o jorro da
vontade.
Sem comentários:
Enviar um comentário