2.4.18

Arranha-céus

Deixo a voz
no cabaz do silêncio
onde se junta aos murais mundanos.
Pelo caminho
congemino as estrofes diletas
os pergaminhos sem inventariação
e a boca morde a corpulenta montanha
à procura de água.
Deixo a voz
dar em si o gutural anúncio:
um silêncio sagaz
com a cor das ligeiras ondas
que sondam a superfície do mar
enquanto da maresia retenho
a raridade de um alfabeto por inventar.

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