Não tenho tempo.
E quando digo
“não tenho tempo”
fujo de mim
e do tempo que se abraça nas mãos.
Ninguém devia dizer
“não tenho tempo”:
o tempo não é rarefeito
mesmo quando dele damos conta
em sua escassez.
Temos as mãos de mármore
que emolduram o tempo
– o tempo que for preciso.
E dele
somos seus diletos arquitetos.
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