Somos nós
que encenamos
a chuva do horizonte
nas facas em combustão que matam
os feiticeiros.
Somos nós
que enfeitamos
as cumeadas crestadas
o sextante da sabedoria
por entre a aridez imperatriz.
Somos nós
entregando as mãos adestradas
que compomos o hino sem estrofes
na praia varrida pelo vento.
Somos nós
intemporais congeminações
o ouro sentado nos corpos
sem mão na claridade que irradiamos
sem o jugo de interpostas entidades
nós,
cadeirões encimando o miradouro,
a separar o fogo das cinzas em combustão
à espera da terra fria
no sopé do cabo do fogo.
Somos nós
que nos ouvimos no templo
desenhando as nuvens em forma de céu.
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