Encargos tantos
depois do caderno
as linhas soltas
no equinócio sem pulso.
Encargos tantos
que não sei da régua
e dos verbos encimados
às ondas sem piedade.
Encargos, há tantos
no sopé das flores
na tácita adulteração
no contemplar do ocaso.
Encargos, depois de tantos
os logrados em contrafação
os embolsados com orgulho
os de paradeiro incerto.
Encargos são tantos
e a caligrafia anota
em papel de almaço
como os bolos ressequidos.
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