O planisfério
rebenta pelas costuras.
Os rios, as pontes, as lágrimas, as fronteiras
extravasaram caudais.
Perderam o freio.
Uma espécie de sofreguidão.
Sem rosto:
enquanto o planisfério
rebenta pelas costuras
rebenta pelas costuras
desconfia-se da perenidade
e da latitude dos homens.
Às vezes
o atrevimento transporta em seu bornal
as ruínas do vencimento.
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