O decibel da torre de marfim
ecoa no pavilhão auditivo.
Ecoa e ecoa,
persistente,
em reverberações que doem
a cada percussão que,
funda,
se aloja.
Podia-se meter um parêntesis na audição
e o decibel da torre de marfim
ao mar morto era devolvido;
mas,
pelos tempos que são estes,
estão dispendiosos
os parêntesis para qualquer uso
e o decibel da torre de marfim
não tem a estridência
que a primeira audição augura.
Poupados os recursos,
outros,
mais prementes,
desideratos
encontram-se em fila de espera.
(E à espera de desenredados serem
da teia de incógnitas
que adeja sobre o dia madraço.)
Sem comentários:
Enviar um comentário