Hoje é dia de bolo.
Já não importa o demais:
a matreirice dos sábios
a religiosidade imperativa
da pandilha
os trabalhos de casa
os lentes inconsequentes
o moinho das farsas
a tagarelice de uns senhores
apessoados e em pose solene
os catraios que roubam sonhos
os ufanos que bolçam pesporrência
os dias sem fim e sem finalidade
as noites com pavio curto
a pescada cozida ao jantar.
Porque hoje
é dia de bolo.
Sem comentários:
Enviar um comentário