26.7.20

Literacia

Cabiam

num biombo da memória

os nomes tatuados

a esquecimento.

Não os sabia fantasmas

e nem supunha dizer

exorcismo

na apanha fidedigna

da espuma à mercê dos dedos.

Pelo caminho

entreteci o tempo

com o avesso da singularidade 

 

– mas não é assim 

que todos somos, 

vulgares,

na banal intumescência 

do original?

 

Dos nomes

guardo as sílabas vagarosas

com que se dizem

a sua gramática repetível.

E pouco mais.

O reverso do biombo

é um deserto sem pontos cardeais.

Eu aposto

que nem o Norte 

se tem por paradeiro.

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