Cabiam
num biombo da memória
os nomes tatuados
a esquecimento.
Não os sabia fantasmas
e nem supunha dizer
exorcismo
na apanha fidedigna
da espuma à mercê dos dedos.
Pelo caminho
entreteci o tempo
com o avesso da singularidade
– mas não é assim
que todos somos,
vulgares,
na banal intumescência
do original?
Dos nomes
guardo as sílabas vagarosas
com que se dizem
a sua gramática repetível.
E pouco mais.
O reverso do biombo
é um deserto sem pontos cardeais.
Eu aposto
que nem o Norte
se tem por paradeiro.
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