Vem aí o futuro
e tu estás à espera
que se faça pretérito?
Desarrumas os vitrais
onde se emolduram
as léguas do tempo
no inviável sarcasmo do teu oposto
a que deitas mão
quando mais o denegas.
Não sabes
da bitola em que se liquida
o corpo presente
o indomável motejo que diriges ao arcaico.
E repetes:
vem aí o futuro
e tu sabes
que é já no ontem parafraseado.
Pois o futuro
quando o agarras
enquistou-se no passado.
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