Dos
cantos esquecidos
arestas
sem respiração
apenas
os vestígios indiferentes
o
aceno embaciado da mão madraça.
Multidões
soberbas
congeminam
os focos no vidrado altar
com
sumptuosas sumidades
o
agrado popular do chavão sem eira
apenas
personagens ermas:
multidões
soberbas
esquecidas
da soberania dos cantos esquecidos.
Não
é preciso luz
para
os olhos se demorarem
nos
veios pulsares sob a folhagem outonal.
O
esquecido não merece ser esquecido
e
ao esquecimento devem vir
os
frívolos discípulos dos frívolos soberanos.
Desatando-se
os penhores consagrados
e a
vetusta aberração
dos
centros pomposamente floridos
nua
exposta
ao olhar
(porventura
perplexo)
dos
aduladores da causa.
Melhor
andam
os
órgãos de causas
os
desenganados de ilusões
os ascetas
céleres do chão irregular:
sabem
que
os centros pomposamente floridos
são
artificiais
as
palavras despojadas de sentido
os
sorrisos campeões da falácia
as
verdades solenemente mascarando mentiras.
Ao
menos
os
cantos desvalorizados
não
ensinam ardis.
Sem comentários:
Enviar um comentário