Não caibo
em mim
nas margens
tomadas pela loucura
nos promontórios
acima das nuvens
nas árvores
primaveris
nos relógios
vertiginosos
nas viagens
argutas ao mundo por dentro.
Não me
confino
ao vetusto
saber de hoje
às cores principescamente
pintadas no céu
às lautas coroas
de imperadores
ao corpo
inteiro e desenfreado
aos chapéus
que hospedam ciências.
Caibo em
mim
no sortilégio
dos sonhos sem freio
nas páginas
devoradas
nos
socalcos matematicamente aformoseados
nas caves
fora dos mapas
na azulada
frota de palavras aliviadas.
Confino-me
aos deslimites
de mim
na intemporal
maré agitada
em devaneios
com assinatura solene
à febre sem
estilo
às juras que
faltam nas bainhas do pensamento.
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