Oxalá
as pedras
perdidas
contassem histórias.
Oxalá
as pessoas
por que passo
fossem histórias
avivadas.
Teriam o
aval dos curadores da memória
e apreciação
bastante nos círculos demais.
Pois de
histórias somos feitos:
no esgar
de um sonho embaciado
no parapeito
da imaginação agitada
na púrpura
luz de que é feito o outrora
nos
enredos, patranhas sem maldade.
Oxalá
as histórias
contadas com arroubo
fossem a
avença do tempo
e não
houvesse lugar para ocupar o resto.
E dos
corpos transidos
autêntica
anestesia de tudo
se
desprendessem
palavras fétiche
palavras armadura
palavras sem
medo
palavras verossímeis
palavras serpenteadas
palavras
no
estonteante precipício das emoções.
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