É a
etiqueta
o
manjar bastardo dos párias
a
estulta montra do tempo
uma
garrafa esquecida pela maré
os
olhos marejados da idosa
a
contrafação da gramática
a
manhã tardia
um
estroina interiorizado
um
cálice dourado e, porém, vazio
braçadas
fortes no mar contra
sapatos
esgotados na fibra do caminho
– a
possibilidade do impossível;
o
marear das velas hirsutas
o
espelho de sombras vetustas
a
promessa infundada
os
versos aformoseados pela singeleza
o
parto adiado
o
estranho ocaso lunar
os
estragos do sorriso soez
o
sarcasmo alinhado no avesso do dia
o
pregão repetido, exaurido
a
luz desmaiada na alvorada sombria
uma
chávena de café sem misericórdia
o
pranto das lágrimas enxutas
– a
impossibilidade do possível.
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