Não sejam
as negras
nuvens
mortificação:
ao menos
têm uma
densidade.
Por labirínticas
que sejam
por serem
tutoras de dilemas surdos
por serem
respaldo do desencontro;
mas densas.
São
corredores baços
paredes não
tateáveis
palavras que
ecoam na sombra
rostos sem
silhueta
manhãs com
a reprovação dos druidas:
densas,
negras nuvens
carregadas
com um húmus ímpar
bibliotecas
prolixas:
nelas se
pode beber
a
versatilidade das fontes
e escapar
ao dilúvio dos queixumes.
Impossíveis
efeitos especiais
sem eremitas
nos flancos
são a
multiplicação da raiz quadrada das nuvens
pela temerária
disfunção do olhar turvo.
Um
preceito inigualável:
quando pouco
se espera da função
ela presta-se
ao proveito mais elevado.
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