Ah, estes
demónios de veludo
barba rala
e anéis vitupério
numa correria
frontal
contra o
comboio da lógica
enxertam suas
beatas ainda acesas
na boca
distraída dos amolecidos.
Os demónios
amestrados
são risíveis
ninguém os
leva a sério,
a não ser
como contrafação do termo.
Não é como
dantes:
no pelourinho
dos pesadelos
demónios apalavrados
lançavam
as sementes do medo
uma vergonha
imensa
como se do
lago viéssemos untados
com as
penas rosadas dos cisnes
e toda a
gente escarnecesse.
Era isso:
tínhamos medo
do palco
onde troçar
dos nefelibatas era passatempo.
Os demónios
tinham rosto
nem se
transfiguravam atrás de máscaras.
Mas pesadelos
desta leva
eram
dantes.
Podia-se
alvitrar
que os demónios
hodiernos
são de fracos
pergaminhos.
Desengano:
seus motejos
desvitais
à mercê de
infundadas cominações
– e o sono
é à prova das conspirações
dissolvendo
a legitimidade dos demónios
na água pestilencial
que se verte nos bueiros.
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