As mãos metidas na areia
levitam um solstício lisérgico.
Os dedos timoneiros
lavram as pedras sem paradeiro.
Aos olhos, a sementeira
lograda no entardecer radioso.
A falésia lesada pela erosão
murmura um adágio temporão.
Na esteira do horizonte
os novelos desemaranhados.
Na véspera da noite
a noiva eternamente amada.
Com a bênção do mar
à espera do ouro nas mãos.
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