Contraponto.
O véu sem céu por levantar.
Miragem sem baioneta.
O ponto de mira hasteado.
Mar sem ondas, timorato.
A casa sentada em seus alicerces.
O beijo quente.
Os olhos suados, melancólicos.
A chave no horizonte do labirinto.
E os olhos marejados pelo sal da chuva.
Colheita tardia.
O cometa rasante.
Cinzas duradouras no parapeito da noite.
Uma elegia.
Cobrança a destempo.
A pureza no desenho do luar que irradia.
A força da palavra acertadamente tocada.
O vinho efusivo.
O amplexo do porvir em adoração benquista.
O aval da amada.
O penhor das mãos incansáveis.
Um olhar multiplicado por mil.
A centelha afivelada por cima do olhar.
O contraponto das angústias.
O mar inteiro.
Abraçado.
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