Deposito nas flores
o sal confiado de mim.
Saio do tédio da tarde
e caio no verão renitente.
Destilo as lágrimas de areia
no catavento tardio e gasto
sentado nas margens
de um rio de março
entregue à folhagem sedosa.
Há nas mãos cansadas
uma plateia de sóis
o requebrado mar
que dança em suas ondas
um fio
que conduz os olhos fechados.
A confiança
é o mar mais apetecível.
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