2.1.19

Mundos

Não são precisos miradouros
para determos o altar do mundo.
Chegam
as pupilas dilatadas
na sofreguidão dos lugares tantos
um nomadismo intemporal
a voracidade com que trazemos
as paisagens ao peito
e as emolduramos 
no lauto caudal da memória
o património sem limites
na fortuna das nossas mãos.
Chegam
os lugares tantos
que fazemos nossas muralhas.

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