As noites impossíveis
cadastro cingido à alma
protestam um lugar.
Desde o nevoeiro hirsuto
uma voz
teatraliza o fôlego necessário
o cónego desprendido na literacia dos sinónimos.
Habitam as casas vazias.
Acalmam o vinho no cálice em espera.
À desdita
o rosto oferece o avesso
no imperscrutável arrojo dos imberbes.
A carta não tem remetente.
Na roda-viva do crepúsculo
entre acácias serenas
e o mar como pano de fundo
as mãos são coreógrafas da paisagem,
arquitetas.
Se fosse sabedoria a espessura dos instintos
deitaríamos à janela
os despojos infecundos
a praia cinzelada a carvão
os denodados mastins da volúpia.
Ficávamos
com a volúpia
toda para nós.
Egoisticamente.
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