Dizem:
temos de escrever o futuro;
somos infecundos
se o passado preterirmos.
Eu digo:
temos de ser notários do presente.
Dos dedos,
soerguem-se as estrofes
que o hoje veneram.
O único rosto do tempo
de que temos oráculo.
As pálpebras não emaranhadas
na amálgama dos tempos fantasmas.
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