É esta a contingência.
O lugar avulso
sem a crispação dos importunados,
só as linhas púrpuras
onde se deitam estrofes arrancadas à dor.
Não pareço os estouvados
nem treslouco a boémia reincidente;
poderia admitir
que invejo os estroinas
os múltiplos apeadeiros desandados
o altar perene
onde estão vedadas as consumições
o aperaltado, descamisado andar dos dias
no tributo da maresia que sintetiza
os elementos
sem o aparato das elipses enigmáticas
que ascendem desde labirintos espúrios.
Não sou capaz,
ó fraqueza minha
– ó franqueza que me trais
e deixas transido diante da farsa
incapaz de dela ser intérprete.
Os minaretes
em seus cantos sonhadamente entoados
convocam a via etérea
o canto maldito
as preces opostas
as apostas na loucura desenraizada
os remos temerários que sulcam tempestuoso mar
a coragem dos estouvados
o peito aberto às pedras cuspidas
a gare que se mostra à controvérsia
a cúspide laminada na recusa do estertor
a fome contida em esboços a carvão
as espadas sempre embainharas
o rosto cristãmente oferecido
em duelos preparados para a resignação
os olhos que, todavia, não capitulam.
Nem tudo tem a servil andança
da vergonha.
Assim como assim
já açambarquei algumas das proezas assinaladas.
É este o vespeiro em que estou
uma frenética valsa dos apressados
em voos rasantes uns aos outros
no vexante senado
em que ninguém deixa de ser senador,
bolçando a indiferença que consta
do manual hodierno de sobrevivência.
(Ou será o manual de sobrevivência hodierna?)
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