31.3.19

Somatório

Partilho o copo cego
no lagar das armadilhas.
Subo na vertical da parede
o arnês esquecido no novelo da coragem
e bebo a força 
no rubor que sobe ao rosto.
Não sei nada de armadilhas.
Prefiro o luar ao púlpito da hipocrisia
o entardecer ao estiolado verbo
que desfaz as palavras em nada.
Pode ser
que o valor não se exaura
nem que medre o impasse. 

Sem comentários: