20.4.20

Asas a meio

Nas horas em que oras
peroras no pudor em que te penhoras
na colisão dos coldres coligidos.

Não oras nas horas
nem nos dias diuturnos
pária partido em partes parcas
exílio do exequente emir
em férteis fazendas fartas
régulo das régias remissões.

Nas falas formidáveis
arrancas ruelas sem arremedos
benze-as com o batom benquisto
em páginas puídas por pilatos
que sabem do sabre que salivam.

Nas desoras não oras
com a tinta tingida por timbre toado
e nas vascas vestes o vesúvio
desamarrando os deslimites que te devolvem
e desovas as sovas que destronaste.

Sem comentários: