O sangue
cortado ao meio.
Uma linha indivisa.
O radar à procura de sombras,
a maior das estultícias.
“Não te esqueças de viver”
a capa do livro
em forma de mnemónica
como se aos lúcidos
houvesse na camada do tempo
um esquecimento sobre o viver.
Os lustres desfilam
num pano hasteado
contra o plano inclinado
e o esquecimento geral de tudo,
ou como se tudo se consome
no instante de um fósforo
sem paradeiro.
O caudal espera.
Espera pelo sangue
devolvido ao seu uníssono.
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