25.4.20

Dilúvio

As bandeiras sem chão
chegam ao sabre dos estetas:
não se diga adeus
que em seu dia
não cabe uma véspera. 

As páginas elogiadas
bruxuleiam na temperada manhã:
não se jure o ontem
que em sua heráldica
não respiram palavras façanhas. 

As árvores primaveris
traduzem sílabas sem freios:
não se levantem os versos altivos
que em sua métrica
não combinam as estrelares origens.

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