17.2.16

Fé em banho-maria

As cordas podres prendem as paredes
enquanto o vento voa loucamente
lá fora.
Penhores de fés diversas
os crentes sussurram preces que afugentem
demónios na forma de vento.
Sabem que não podem contar
com as podres cordas,
frágeis como são.
A noite avança e não há sinais
de condescendência da tempestade.
As pessoas
crentes ou não
não se deitam no sono.
Talvez por temerem por pessoas e haveres
como se o temor
fosse prevenção calibrada.
(Ainda mais do que as crenças várias.)
Acredita-se no que se quer.

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