Protestam
palavras estrepitosas,
em
arrazoado hermético
entaramelado
com o vernáculo,
enquanto
no adro há conversas.
Dir-se-ia
ser uma conspiração,
que
estes são dias
em
que parece proibida a dissidência.
Não
importa.
Palavras
para a frente
de
todas as cores e feitios
sobretudo
as que cortam a eito
nos
que patrulham costumes.
Palavras
para a frente
a
dissidir dos imperativos categóricos
que
compõem o momento;
nem
que não seja
só
para a desarmonia
–
para fruir ideias diferentes
sem
arrebanhar uma razão contra outras,
que
da última vez que ouvi falar
ainda
havia liberdade de expressão.
Deixo-lhes
desejos de bons sonhos.
E
que os fígados se curem
da
irrenunciável estultícia
de
ultrajar os que deles se apartam.
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