Não
te intimides com a voracidade das coisas.
Não
tenhas medo do medo
nem
te ofereças à coragem inválida.
Deixa
os adereços para memória futura.
Deixa
a língua da areia ser teu contraforte
deixa,
que
é véspera de desassossego.
Ao
teu lado
sou
a fortaleza possível.
Contra
os abcessos bolçados
os
lugares-tenente da hipocrisia
os
meirinhos que ensaiam a bonomia
mas
escondem
atrás
de sorrisos melífluos
a
vanidade de maremotos.
Mas
de maremotos
que
não levantam um grama de areia.
Fogos
fátuos,
pois,
lagares
de vinhos azedos
matéria
insubstancial em vez de coroas.
Pois
de coroas,
só
espinhos,
espinhos
desmaiados.
Que
não doem a ninguém
em
estando o diapasão alinhado
com
as luas que importam.
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