Dá-me o sol
a centelha que derrota
a penumbra.
E sabendo da luz
que retalha
assobio ao alto
para ver se a
invernia se eclipsa.
Lá fora
tímidas flores
vicejam nos arbustos
não sei
se em sinal de
primavera apressada
ou porque também
querem beber do sol.
Na passagem de
um tempo configurado,
à memória vêm
fragmentos ao acaso.
Os mais velhos
dizem deste inverno
(contristados,
mas às avessas)
que se enamorou
da primavera,
de tão soalheiro
e ameno.
Talvez estejam
errados,
os velhos:
as rosáceas vítreas
os campos
floridos
as pessoas que
se entristecem
com os rigores do
inverno
– todos
protestam a nostalgia dos velhos.
Na luz da
mudança
pontos cerzidos
na andadura do tempo.
Sem comentários:
Enviar um comentário