Não
seriam remédios
a
colher no alto das minhas mãos.
Não
serias remédio
para
as feridas abertas em demanda de cicatriz.
Não
seria um remédio
a
dar às doenças em lenta mortificação.
Seria,
talvez,
um
animal ferido
irado
desvairado
cavalgando
na onda que sangrava
desenhando
óbices severos
sem
o embelezamento dos sentidos atilados.
Destruí
os campos planos
e
as flores entretanto desabrochadas
e
levava em mim a leveza distópica
de
um urso cercado que não aceita ser presa.
Convenci-me
que era um ciclone
e
que tudo em redor tinha medo de mim.
Terão
tremido os montes
ao
saberem do meu grito excruciante.
Terão
os rios chegado vermelhos à foz
lavando
o sangue vertido.
Ninguém
soube.
Ninguém
cuidou
de
arranjar os remédios precisos.
O
dia depois
seria
um dia como os outros todos.
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