No
arco delgado da porta velha
os
turistas apreciam o vagar.
Não
interessam
os
maltrapilhos nas proximidades
devolvidos
ao desvalor
que
dizem ser seu merecer.
Não
interessam
as
águas lodosas do rio que acama a paisagem.
Entrecortado
o silêncio
no
pesar do palavreado sem sentido
matraqueado
sobre o dorso das pedras milenares
e
descarregado o arsenal de fotografias
os forasteiros bebem de uma garrafa sem fundo.
Cambaleiam
ruidosos
no entardecer confuso do pensamento embaciado.
Aterram na terra-mãe.
Sobram memórias tinta invisível.
(Valem os retratos guardados
para avivar a tinta
que deixou de ser invisível).
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