Vamos
comer gelados
à
praia das baleias.
Vamos
correr nas ruas
contra
o vento que afeia o tempo.
Vamos
apanhar amoras
no
parque onde se deita a preguiça.
Vamos
dançar sem jeito
pela
mão tresloucada da música louca.
Vamos
fazer rimas pueris
pois
somos infantes de mão dada.
Vamos
passear na cidade
enquanto
não entardece a fome.
Vamos
desatar numa correria furiosa
entrar
no mar com as roupas vestidas
lançar
água ao rosto um do outro
sem
depois querermos saber
que
a areia adere aos pés e à roupa.
Pois
olhamos ao céu
e
sabemos
que
os cabimentos filiais se intuem.
Sabemos
que
não morremos
enquanto
estivermos nas mãos recíprocas.
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