Mapas circundam a aurora boreal
voláteis,
como as luzes dançantes.
Redesenhamos os mapas
no dorso de um papel juvenil
carregando tinta-da-China
nas linhas que temos por fronteiras.
Decoramos os mapas.
Deixamo-los voar sobre as cumeadas
cuspindo furor em tábuas envernizadas
no contratempo de um tempo virado do avesso.
Mapas muitos
em ordenada forma ciclópica
amparos exigidos na aridez demandada.
E nem os deuses dos algoritmos,
(que sopram o luciferino progresso)
na excitação das ferramentas reinventadas,
devoram a caução dos mapas.
Mapas:
auroras boreais
mares longínquos
desertos inóspitos
cidades emaranhadas.
Ou a palma de uma mão.
Ou paisagens apenas mentais.
Mapas que cristalizam fados escondidos
e embelezam os dedos perdidos
que açambarcam um método
para um fado dardejado nos limites de um mapa.
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