No cuidado
artesanato dos haveres
trinta peões prostrados
valsam no precipício.
Juntam os dedos
em cuidada sinfonia
com prevalência
do silêncio,
no desânimo dos
apequenados
em resignação
religiosa.
(Foram
educados
que o oiro rima com silêncio.)
Os suseranos
poltrões em
exercício de regalias
comicham sentados
nos diamantes das
sinecuras.
As conchas secas
onde nem as
aranhas pútridas acamam
são o leito dos
mandantes.
(Os peões já sabem
que a equidade
vem
no dorso da moda.)
Doidivanas
os dissidentes
de tudo
emparedados
entre o conforto
da autoridade
e a reverência
dos descamisados.
Na doce loucura
da dissidência
escolhem os
vitupérios a preceito
e esfregam-se no
perfume desatravessado.
(Não se enforcam no desconforto
da
posteridade aprovisionada
como
os peões
quando
açambarcam o poder.)
Sem comentários:
Enviar um comentário