Maior
do que a soma de
todas as partes
a metamorfose das
paredes
amparadas nas mãos
túrgidas
desembolsa da
areia as joias do mar.
Maior
do que a soma de
todas as partes
as mãos simbiose
remexem
entre o restolho
do outono
os ramos fortes
para amparar
as paredes decadentes.
Maior
do que a soma de
todas as partes
o ocaso
temperado
o chão de mar
desemparedado
as tesouras em
perequação
gravatas impecavelmente
apessoadas
(sem
todavia pescoços)
contratos sem
papel nem assinaturas
as árvores
frondosas à espera da primavera.
Maior
do que a soma de
todas as partes
o poema tangido
a quatro mãos.
Em uníssono.
Sem comentários:
Enviar um comentário