Aos cunhos sem
desafio
aos deuses
esquecidos
aos mendigos
felizes
aos próceres da
tirania
aos parâmetros da
toleima
aos varões
bizantinos
aos cozinheiros
sem sal
aos tementes de
agnosias
aos lídimos
arautos da decência
(ó coisa mais
linda!)
aos professores
do desamor
aos diligentes
cavaleiros da temperança
aos algozes da
mentira
aos contrafeitos
penhores da idade
aos relógios sem
serventia
aos meninos
intemporais
aos tiranos sem
trono
aos tronos
emagrecidos
aos
confecionadores de dietas estultas
aos estroinas
sem memória
aos zangões sem
colmeia
aos padrinhos
com espelho aumentado
aos
sindicalistas exaltados
aos madraços sem
mangas
aos leiteiros do
leite azedo:
lavem as mãos
gastas
no manancial
rico da serra longe.
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